sábado, 9 de fevereiro de 2013

Vamos falar de coisa boa, vamos falar de Top Therm - Iogurte de soja caseiro (com BioRich)

Meu doce lar anda parecendo uma loja de animais, a única diferença é que meus adoráveis bichinhos são microscópicos e criados para nos nutrir. É levain para lá, iogurte para cá e ainda venho pensando em me aventurar a terras distantes da fermentação: chá kombucha, acelga fermentada em estilo coreano - o famoso kimchi -, picles, chucrute e outros.

Não preciso repetir as propriedades dos alimentos probióticos a todos vocês, que já cansaram de ouvir e ver as propagandas da iogurteira Top Therm, heheh. Bom, só para reiterar, essas bactérias do bem essencialmente auxiliam na digestão e manutenção de uma flora intestinal saudável e aumentam as barreiras do nosso sistema imunológico, além de “produzirem antixoxidantes, normalizarem problemas de pele, reduzirem o colesterol, manterem os osso fortes e controlarem os níveis de açúcar no sangue” (My New Roots). Uau.

Agora percebo que os esforços conjuntos de algumas de minhas blogueiras favoritas em sua “Fabulous Fermentation Week” me influenciaram nesse post..

Preparei minha colônia inicial de iogurte a partir do fermento lácteo da marca Bio Rich, que contém culturas de Lactobacilus acidophilusBifidobactrium e S. thermophilus. Esse produto pode ser usado tanto para fabricar iogurtes de leite comum quanto de leite de soja. Paguei R$12,60 numa farmácia de manipulação aqui perto, mas já vi por 16 por aí. A embalagem vem com três sachês e tecnicamente cada um rende 1 litro de iogurte.

Na primeira vez, preparei com leite adoçado Naturis, seguindo as instruções de aquecer o leite, misturar com uma parte de leite em temperatura ambiente ou gelado para então dissolver o conteúdo em pó do sachê. O odor desse pó não é nada agradável, mas de qualquer forma não se nota no sabor final.

A temperatura ideal para as bactérias se reproduzirem é de 37-40ºC e, se você tiver um termômetro culinário, a vida fica bem mais fácil. Depois, há de se deixar por cerca de seis horas numa iogurteira (afinal, quem compra essas iogurteiras?) ou numa bolsa térmica (o que eu fiz) até atingir a consistência desejada e levar à geladeira.

Meu iogurte, mesmo depois de um bom tempo na bolsa térmica, ficou líquido demais para o meu gosto. Então, decidi fazer como com um iogurte grego e coá-lo para separar o soro. Aí sim, estava mais apetitoso, com aquela textura espessa e cremosa. Dura uma semana na geladeira, mas note que ele vai soltando soro conforme os dias passam.

O que interessa é que ficou delicioso e acredito que é uma alternativa mais saudável se você está cansado dos iogurtes de soja disponíveis no mercado. Usando-se leite de soja sem açúcar, dá para preparar molhos como o tzatziki, servir com cordeiro num estilo marroquin, e o que sua imaginação permitir.

Esses grânulos são só porque raspei as laterais que estavam mais secas

Por que cada sachê tecnicamente rende um litro de iogurte?
Porque, desde que sobre parte da primeira leva de iogurte que você preparou, você tem uma base para preparar iogurte infinitamente. Embora o fabricante da Bio Rich afirme que “fazendo a reprodução de Bio Rich, o produto final perderá as propriedades probióticas”, isso não me parece verdade.

Na minha segunda leva de iogurte, fiz um teste a partir de meio litro de leite de soja Yoki com duas colheres de sopa de iogurte (coado e concentrado) que restavam da primeira vez, seguindo o mesmo método de preparação. E funcionou, as bactérias (a.k.a., os probióticos) se reproduziram fervorosamente numa noite de núpcias abafada. O produto final foi exatamente igual.

Obs.:
Encontrei no site da marca que a formação de soro é uma das principais diferenças da utilização do leite de soja em vez do leite comum na preparação do iogurte a partir do fermento lácteo Bio Rich. Recomendam que se adicione 1 colher de sopa de amido de milho antes de aquecer o leite.

Links:

Nenhum comentário:

Postar um comentário